terça-feira, 27 de agosto de 2013

Redes Sociais e o trafego anti-liquidez das informações

Zigmunt Bauman expõe de maneira fascinante o elo entre o homem e as redes sociais levando como ponto de partida o conceito de laços humanos (http://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A). Em uma sociedade líquida em suas relações, a estrutura é fugitiva, tal qual a água em suas correntes flutuantes que não permitem a cristalização de uma forma precisa. Assim, as relações humanas se firmaram na transitoriedade e na brevidade de seus laços, cada vez menos "humanos". As redes sociais se compõem diante de duas ações fundamentais, 'Conectar' e 'Desconectar'. Concordo com Bauman quando ele se refere a ação do 'desconectar' como o grande atrativo das redes sociais, tendo o FACEBOOK como ponto de reflexão central. Um simples botão 'desconectar' confronta uma sensação de durabilidade das relações. Com um simples gesto as relações são imediatamente rompidas, sem pretextos ou desculpas. Relações OFFLINE são predestinadas à vida nos espaços de redes sociais.
Ora, no mundo da tecnologia, cuja face iluminada, tem se contorcido para ver o homem em seus ambientes educacionais, novos sentidos do uso da ferramenta tem se dado a 'própria' forma. A forma, fugidia como dita no inicio, parece tropeçar em algo mais concreto em seu caminho, não tão liquida como anteriormente quando o assunto eram os laços humanos, a informação! Em suas mais diversas construções, textos visuais, visuais sem textos, textos com assinaturas ou assinaturas sem textos, a informação trafega em alta velocidade. Atropela preconceitos e derruba barricadas. Este fluxo parece ir ao sentido cotrário do que foi dito por Bauman de forma a descrever os elos afetivos do homens consigo mesmo. A relação com a informação ainda é nova, pelo menos neste espaço de redes sociais. E quem disse que não há laços afetivos entre o homem e esta personagem cheia de conteúdo que atravessa seu caminho? Seja em forma de protesto, documental ou histórica, a informação constrói novos elos, sim..afetivos! Não há como amputar esta união! Chora o homem, protesta o homem, alegra-se o homem, sensibiliza-se o homem ao se deparar com os eventos informativos que ele prórpio constrói e tece, como se vivesse em rede, como aracnídeo perspicaz que aguarda o momento exato de prender em sua teia, um novo homem, uma nova informação.
A educação, como parte desta miraculosa teia, eleva edificações do pensamento. Os professores da atualidade possui o desafio de mante-la em crescentre movimento, a ponto de se tornarem um papel de parede social cuja possibilidade de desvinculação com o cenário social seja impossivel, a não por uma única ação do homem, o desejo de clicar em um botão e, desconectando-se, possa exercer sua escolha deliberada, mesmo que paradoxal nos dias de hoje.

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